Saúde mental abalada faz mais de 800 educadores buscarem atendimento no Ceará
Com o fechamento das escolas, muitos professores tiveram impactos na saúde mental. Cerca de 80 procuraram por ajuda no Ceará.
Os desafios trazidos pela pandemia do novo coronavírus afetaram a saúde das pessoas em diversos aspectos. Inclusive a mental. Com o fechamento de diversos setores, incluindo as escolas, muitos professores sofrem emocionalmente com os impactos. Cerca de 800 educadores procuraram por ajuda, conforme aponta pesquisa.
As condições mínimas de trabalho, o ensino remoto e o luto pela morte de conhecidos são um dos fatores que acentuaram o adoecimento mental de diversos profissionais.
Sendo assim, 83,4 % dos profissionais se sentem nada ou pouco preparados para atuarem no ensino remoto. A pesquisa também apontou que 88% dos professores nunca tinham lecionado à distância.
Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Instituto Península, divulgado no mês de maio. Aliás, quase 8 mil docentes participaram.
Além disso, o estudo também mostra que 75% dos educadores não receberam nenhum tipo de suporte emocional por parte das instituições de ensino.
Saúde mental dos professores do Ceará
Conforme reportagem divulgada pelo portal O Povo, nos últimos dois meses cerca de 1,2 educadores buscaram apoio emocional em um projeto chamado Sala de Afetos. O projeto, ademais, tem a finalidade de escutar professores de todo o país.
Outrossim, o projeto Sala de Afetos foi incluído pelo Instituto Vita Alere, em parceria com o Google, fazendo parte assim do Mapa Saúde Mental.
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Segundo a idealizadora da iniciativa, Renê Dinelli, a maior parte desses profissionais que procuram o projeto fazem parte da rede pública de ensino. Além disso, também disse, em entrevista ao portal, que as reuniões com os professores são feitas virtualmente.
“Trata-se de um acolhimento a um grupo de professores e outros profissionais da educação, onde possam construir rede de cuidado entre eles. Para além disso, que construam dentro da escola redes de apoio, espaços onde falem das emoções e sentimentos, para de alguma forma se sentirem preparados“, disse.
Situação dos professores no Brasil
A pesquisa do Instituto Península foi dividida em blocos, onde buscou entender como os professores estão se sentindo, o que poderia ajudá-los, como estão lidando com a situação e as mudanças que surgiram no período pandêmico.
Assim, constatou-se que 67% dos educadores estão se sentidos ansiosos nesse momento. Além disso, 38% responderam que se sentem cansados, enquanto que 36% disseram se sentir entediados. Ainda, 34% responderam estar entediados, 35% entediados, 34% estressados e 27% frustrados.
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