Bolsa Família: Maia e Guedes DESMENTEM Bolsonaro sobre veto do 13º salário
Em novo imbróglio político, Jair Bolsonaro foi desmentido sobre o veto do 13º do Bolsa Família pelo Rodrigo Maia e pelo Paulo Guedes.
Em novo imbróglio político e econômico, Jair Bolsonaro foi desmentido sobre o veto do 13º do Bolsa Família pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Para o ministro, a concessão do benefício adicional aos beneficiários do programa caracterizaria crime de responsabilidade. Já o deputado se defendeu da acusação proferida por Bolsonaro em rede social.
Na quinta-feira (17), o presidente da República culpou Rodrigo Maia pela não liberação do pagamento do 13º do Bolsa Família aos inscritos no programa neste ano; o que repetiria o feito de 2019, quando Bolsonaro pagou os beneficiários por meio de MP (Medida Provisória).
Maia se defendeu da agressão em entrevista ao portal G1 e em discurso feito na tribuna do plenário, ao dizer que a MP correspondente ao valor extra do benefício não foi votada devido a pedido do Governo Federal, já que o benefício custaria R$ 8 bilhões aos cofres públicos – de acordo com o Blog do Valdo Cruz.
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O deputado disse que o chefe de Estado é mentiroso por jogar a responsabilidade nele sobre algo acordado anteriormente pelo Executivo e a Câmara dos Deputados, afirmando que a cena faz parte de uma narrativa contra as MPs.
“O episódio, mais um episódio ocorrido no dia de ontem, quando infelizmente o presidente da república mentiu em relação a minha pessoa. Aliás, muita coincidência a narrativa que ele usou ontem com a narrativa que os bolsominions usam há um ano comigo em relação às MPs que perdem validade nessa casa. É a mesma narrativa”, disse.
Crime de responsabilidade
Para o ministro da Economia, conceder esse 13º configuraria crime de responsabilidade fiscal neste ano por configurar gastos permanentes por dois anos seguidos. A fala do Paulo Guedes feita na sexta-feira (18) diverge do que foi declarado por Bolsonaro na live, onde culpou Maia pelo não pagamento.
“No primeiro ano [2019], nós demos [o 13º]. Conforme tinha sido prometido na campanha, vamos dar. Só que, quando entrou o segundo ano, quando a pandemia bateu, essa desorganização fiscal de curto prazo, foi chegando o fim do ano. Observamos que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, se você der um 13º por dois anos seguidos, está cometendo crime de responsabilidade fiscal pois não houve a provisão de recursos”, disse o ministro ao G1.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.