Carnaval 2021 de Salvador foi SUSPENSO ou prorrogado? Entenda a decisão do governo
O carnaval 2021 está temporariamente suspenso na capital baiana. A decisão foi confirmada nesta sexta-feira (27) pela prefeitura de Salvador.
O carnaval 2021 está temporariamente suspenso na capital baiana. A decisão foi confirmada na sexta-feira (27) pela prefeitura de Salvador e aconteceu em virtude da pandemia do novo coronavírus. Desse modo, as autoridades bateram o martelo e definiram que a festa não acontecerá no início de 2021, em fevereiro. Existe ainda a possibilidade de uma nova data, que só será confirmada após ampla disponibilização da vacina à população.
Após entrevista coletiva do até então prefeito ACM Neto, a prefeitura por meio de uma rede social reiterou a informação:
“É oficial: em função da pandemia do coronavírus, não haverá carnaval de salvador em fevereiro. A nova data vai depender da ampla disponibilização da vacina. O calendário da festa será discutido no momento certo.”
Carnaval 2021
O atual prefeito de Salvador reforçou também em rede social o cancelamento do carnaval como medida de segurança e destacou:
“Só poderemos realizar um evento como o carnaval se houver vacina para todas as pessoas. Enquanto não sabemos quando isso será possível, a única afirmação verdadeira é de que não haverá carnaval”.
A festa movimenta a economia do estado e é uma grande oportunidade para muitas pessoas todos os anos. De acordo com dados da Secretaria de Turismo do Estado e da Prefeitura Municipal de Salvador, a festa já movimentou mais de R$ 1 bilhão e gerou de mais de 200 mil empregos temporários.
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O cancelamento da festa divide opiniões.
“A transferência atende a dois interesses: à vontade de fazer festa, mas, especialmente, à economia da festa. O carnaval afeta desde o nanonegócio, do cara que vai para a rua catar latas de cerveja, até aqueles que trabalham nos camarotes, nos trios, os músicos. Com o adiamento, toda essa indústria cultural vai poder se organizar, com perdas, mas vai fazer o que não foi feito em fevereiro”, disse Segundo Paulo Miguez, participante do projeto Economia Criativa.
Por outro lado, a jornalista e pesquisadora de carnaval, Rita Fernandes, diz que não concorda com a decisão tomada pelas autoridades:
“Não concordo com o adiamento. Entendo a necessidade pelo lado de quem move uma economia forte em relação a isso, como é o caso das escolas de samba. Talvez seja importante por mover uma cadeia produtiva enorme que precisa ser ativada. Mas, uma folia fora da data seria apenas uma expressão”.
O prejuízo citado pelos especialistas vão além do econômico. Também se configura como sendo uma ruptura cultural e histórica do nosso país.
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