Crise: Percentual de inadimplência é o maior desde a última década
Devido crise índice de inadimplência das famílias cresceu 67,5% em 10 anos, a pesquisa foi divulgada nessa quinta-feira (3) pela CNC
Devido a crise, índice de inadimplência das famílias brasileiras cresceu 67,5% em 10 anos, a pesquisa foi divulgada nessa quinta-feira (3) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
O ápice foi atingido em agosto em um recorde histórico que vem sendo monitorado desde 2010. O índice superou os 67,4% registrado em julho, destacando aumento percentual de 2,7 pontos, ou seja, 2,4 pontos a mais se comparado ao mesmo período de 2019.
As famílias que declaram não ter possibilidade de quitar as dívidas e permanecem inadimplentes passou de 12%, em julho, para 12,1% agosto.
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Dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro são alguns dos indicadores utilizados para a avaliação;
Número de famílias muito endividados recua
Número de famílias que se declaram muito endividadas recuou de 15,5% em julho para 14,6%. Mas houve aumento de 0,08 pontos no comparativo anual. 21,4% das famílias endividadas afirmaram ter mais da metade dos rendimentos mensais destinados aos quitamentos das dívidas, sendo a terceira queda mensal do indicador.
Apesar de haver mais famílias endividadas, a parcela de pessoas comprometidas com dívida caiu.
Endividamento entre as famílias de baixa renda
Famílias com baixa renda são as mais atingidas pelo endividamento. A pesquisa mostra que aqueles que recebem até 10 salários mínimos fazem parte do percentual que subiu em agosto para 69,5%. Das famílias com renda superior a 10 salários mínimos, o número caiu para 57,8%.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, explicou ao portal G1 que as famílias com maior renda têm aumentado a renda por quebra do consumo. Famílias com renda mais baixa continuam com a necessidade de adquirir crédito extra.
Características da crise e tempo das dívidas
Compras com cartão de crédito é indicado como a principal fonte de endividamento pelas famílias, apresentando aumento de 77,8%, ante 76,2%. Os carnês são apresentados em seguida aos cartões, com 17,3%, e 10,6% de financiamento de veículos.
A durabilidade das dívidas chegou a 7,4 meses em julho. Cerca de 21,6% das famílias possuem dívidas por três meses, outros 34,2%, por pelo menos um ano ou mais. Ainda de acordo com especialistas, o tempo médio de atraso dos pagamentos subiu para 61,6 dias em agosto.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.