Estado do Piauí aponta maiores índices de emprego, segundo dados da Caged
O Piauí voltou a registrar um saldo positivo na geração de empregos em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O Piauí voltou a registrar um saldo positivo na geração de empregos em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O levantamento mostra que foram 5.061 admissões e 4.755 demissões no período, o que garantiu um saldo positivo de 306, o quarto da Região Nordeste.
A maior geração de empregos foi na indústria, com 920 vagas. A construção civil também teve saldo positivo, de 71 vagas, e a agricultura, de 69. No comércio, o resultado foi negativo, de 318 vagas, bem como no setor de serviços, com 436 postos de trabalho fechados. Os números refletem as baixas provocadas pelo período de fechamento, devido à pandemia.
Retomada de empregos no Piauí
Para o superintendente regional do Trabalho do Estado do Piauí, Philippe Salha, os dados do Caged apontam que o Piauí está começando a retomar a economia depois de meses seguidos com acúmulo de saldo negativo. No acumulado dos primeiros seis meses de 2020, o estado teve uma perda de 8.754 postos de trabalho, com 34.486 contratações e 43.240 desligamentos.
Uma análise mais profunda mostra que o setor que mais registrou saldo positivo de empregos foi o da indústria da transformação, o que confirma o processo de retomada. Segundo Salha, a primeira coisa necessária para girar a economia é a produção e a produção está na indústria.
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A evolução também é contatada ao analisar os dois meses anteriores. Em abril, foram geradas 2.394 vagas de emprego no Piauí, mas foram demitidos 8.561 trabalhadores, gerando um saldo negativo de 6.167 vagas. No mês de maio, foram 2.956 contratações e 6.505 demissões, com um saldo negativo de 3.549 vagas.
A capital Teresina ainda registrou queda no número de postos de trabalho, em junho. Ao todo, foram 2.462 admissões e 3.247 demissões, o que resulta em 785 vagas negativas.
Cenário nacional de trabalho
No mês de junho, o Brasil registrou 895 mil admissões e 906 mil desligamentos, o que representa um saldo negativo de 10.948 postos de trabalho. Na comparação com o mês anterior, houve queda de 16% nas demissões e aumento de 24% nas admissões. Nos meses de março e junho, a perda de empregos formais chegou a 1,5 milhões de vagas.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.