Febraban indica aumento de 60% nos golpes contra idosos desde o início do ano
A Febraban divulgou um levantamento que aponta uma alta de 60% nas tentativas de golpes financeiros contra idosos.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou um levantamento que aponta uma alta de 60% nas tentativas de golpes financeiros contra idosos. Os dados são de 2020. A pesquisa ainda mostrou que 70% das fraudes estão ligadas à engenharia social, ou seja, quando o cliente é induzido a fornecer informações confidenciais e senhas para estelionatários.
Com o objetivo de evitar um aumento ainda maior de fraudes financeiras, a Federação anunciou o lançamento de uma campanha de orientação. A iniciativa conta com a parceria do Banco Central e da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Como evitar os golpes mais comuns
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que as quadrilhas se aproveitaram do aumento de transações digitais durante a quarentena e da vulnerabilidade dos consumidores, especialmente os idosos. No período, as instituições financeiras chegaram a registrar uma alta de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing, realizados por e-mail fraudulento, com vírus ou links que direcionam o usuário a sites falsos.
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O golpe do falso motoboy subiu 65% com a pandemia. Nesta modalidade de fraude, criminosos fingem ser do banco e entram em contato com as vítimas para comunicar a realização de transações suspeitas com o cartão. Depois, informam que um motoboy será enviado para recolher o cartão supostamente clonado para que sejam feitas outras análises. A Febraban divulgou dicas e orientações para se proteger de golpes:
- O banco nunca liga para o cliente solicitando senha ou número do cartão;
- O banco nunca envia alguém na casa do cliente para retirar o cartão;
- O banco nunca entra em contato para pedir uma transferência ou qualquer tipo de pagamento;
- Nunca acesse links recebidos por SMS ou e-mail do banco e nunca passe a senha a ninguém.
Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão (central de atendimento) e ligar de outro telefone para esclarecer a história. Segundo a Febraban, a campanha de orientação aos idosos contará com postagens nas redes sociais e vídeos.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.