IBGE registra alta em agosto de quase 5% no preço dos alimentos desde 2014
IBGE divulgou aumento de 3,28% no preço dos alimentos em agosto deste ano. Foi a maior alta de preços em um mês desde 2014.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou ontem (29), no Rio de Janeiro, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) com aumento de 3,28% em agosto deste ano. Foi a maior alta de preços em um mês do índice que mede a inflação de produtos na saída das fábricas brasileiras, desde o início da pesquisa, em janeiro de 2014.
No último mês do semestre passado, o IPP teve inflação de 3,22%. O índice acumula taxas de inflação de 10,80% neste ano e de 13,74% em 12 meses, acumulando ao resultado de agosto.
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De acordo com a agência de notícias do IBGE, no acumulado em 12 meses, a variação de preços foi de 13,74%, contra 11,13% em julho de 2020. As quatro maiores variações foram em alimentos, com 27,45%, outros equipamentos de transporte, com 24,66%, madeira, com 21,40%, e metalurgia, com 18,97%.
IBGE divulga itens impactados
O gerente do IPP, Manuel Campos Souza Neto, disse ao portal Paraíba Online que quatro itens impactaram os números na área da alimentação.
“Foram quatro produtos que mais impactaram o resultado da indústria alimentar: farelo de soja, óleo de soja, arroz descascado branqueado e leite esterilizado UHT longa vida”, disse.
Segundo divulgação do IBGE, comparado a julho deste ano, os preços subiram 4,07%, maior variação desde março de 2020, quando atingiu 4,23%. Com esse cenário, o setor acumulou alta de 16,51% em 2020, a maior já registrada para agosto; situação semelhantes aconteceu apenas em agosto de 2012, quando atingiu a marca dos 14,41%.
Outros itens que tiveram aumentos significativos nos preços foram refino de petróleo e produtos de álcool, com 6,24%, indústrias extrativas, com 8,43% e outros produtos químicos, com 4,13%.
Os insumos industrializados usados no setor produtivo tiveram alta de 4,03%, com destaque entre os bens intermediários os materiais fazem parte das quatro grandes categorias econômicas da indústria.
Outras áreas que sofreram impacto foram as três categorias de produtos em bens de capital; máquinas e equipamentos usados no setor produtivo, com alta de 1,62%, os bens de consumo semi e não duráveis, com 2,94%, e os bens de consumo duráveis, com 0,60%.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.