Inep toma decisão final sobre realização do Enem 2020 em janeiro
Inep tomou uma decisão final sobre a realização do Enem 2020 neste mês de janeiro mesmo após ameaça de segunda onda de infecção da Covid-19.
Diante das recentes pressões sobre as provas presenciais do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2020, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) tomou uma decisão final sobre a realização dos exames neste mês de janeiro.
O órgão que organiza o Enem defendeu na Justiça Federal de São Paulo a permanência das datas da prova impressa para os dias 17 e 24 de janeiro, diante do pedido de adiamento das provas pela Justiça, alegando que não há riscos sanitários e que os exames poderão ser realizados de forma segura.
De acordo com o portal G1, a Defensoria Pública da União acionou a Justiça Federal para pedir o adiamento da aplicação do exame sob o argumento de que não há forma segura de para realizar o exame em meio ao aumento de casos da doença, na última sexta-feira (8).
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O Inep se manifestou por meio de advogados da União, declarando que o exame já havia sido adiado por conta da pandemia da Covid-19; e que, agora, todas as medidas sanitárias foram adotadas para o Enem 2020 seja realizado.
“Cabe destacar que não se está desconsiderando, aqui, a preocupação maior com a vida e a saúde”, ressalta o documento, que apontou as medidas que o Inep adotou para evitar a transmissão da doença entre os candidatos, reportado pelo G1.
Contestação do Enem 2020 por entidades estudantis e científicas
Nas últimas semanas, o Inep vem sendo pressionado por entidades estudantis e científicas e de estudantes para que as datas das provas fossem adiadas por conta do aumento de casos no país.
As manifestações foram expressas em cartas e, no caso dos estudantes, movimentadas nas redes sociais.
Para as entidades estudantis, não há indicativo de que os cuidados serão intensificados em razão do novo pico da doença, ao contrário, ao comparar o exame com as eleições municipais, ignorando o fato de os estudantes permanecerem por horas no local de realização das provas e não apenas nos instantes da votação.
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“O INEP parece subestimar o poder de contágio da doença. Além disso a petição dá a entender que o que a DPU pretende é o adiamento por tempo indeterminado do exame e sugere que isso ponha em risco a sua realização (por conseguinte, o acesso ao ensino superior por parte dos estudantes mais carentes), o que não é verdade”, declarou a advogada Thais Bernardes, que representa a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a UNE (União Nacional dos Estudantes).
Já as entidades científicas afirmam que as medidas de segurança para evitar a infecção pela COVID-19 – apresentadas pelo Inep – não são suficientes para garantir a segurança da população brasileira num momento do agravamento da pandemia no país.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.