Pandemia: IBGE registra mais de 10 milhões de desempregados no país
No início da pandemia o número de brasileiros desempregados eram de 10, 1 milhões, no mês de setembro esse número chegou em 13,5 milhões.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na sexta-feira (23) que, no início da pandemia em maio, o número de brasileiros desempregados eram de 10, 1 milhões e no mês de setembro esse número aumentou para 13, 5 milhões.
Desemprego
O IBGE divulgou os dados da edição mensal Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19. O resultado da pesquisa um recorde da série histórica de desempregados brasileiros. Em maio a quantidade de desempregados era de 10,1 milhões, já em setembro esse número subiu para 13, 5 milhões de brasileiros.
A coordenadora de pesquisa Maria Lucia Vieira, afirmou que: “há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”
“A população ocupada era de 84,4 milhões em maio e caiu até o mês de julho, quando volta a ter variações positivas, chegando ao contingente de 82,9 milhões em setembro. Ainda está abaixo do número que tínhamos em maio, mas já mostrando uma leve recuperação nos meses de agosto e setembro”, afirmou a pesquisadora.
Somando a força de trabalho da população ocupada e desocupada, passou para 94,5 milhões em maio e de 96,4 milhões em setembro. Houve uma queda no número de pessoas fora da força de trabalho, ele caiu 1,5% em agosto, chegando a 74,1 milhões. A taxa de desemprego foi a maior da série histórica da pesquisa, passando de 13,6% em agosto para 14%.
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Auxílio emergencial na pandemia
Segundo os dados do IBGE, no mês de setembro 43,6% de domicílios algum morador recebeu o auxílio emergencial, em agosto esse percentual foi de 43,9%. Ou seja, em agosto 30,1 milhões de famílias foram atendidas e 29,9 milhões foram atendidas em setembro. O valor médio pago pelo benefício foi de R$ 894 por casa.
“O percentual de domicílios onde algum morador recebia auxílio emergencial ficou estável nesses últimos quatro meses”, disse a pesquisadora Maria Lucia.
Ainda de acordo com os dados do IBGE a região Norte (59,8%) e Nordeste (58,8%) foram as regiões que tiveram os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio. Entre os estados, o Amapá (68,4%) foi o que apresentou a maior proporção, seguido de Maranhão (63,7%) e Pará (63,3%).
“As regiões que têm mais domicílios com pessoas recebendo auxílio ainda são Norte e Nordeste, onde as pessoas estão mais dentro dos critérios para receber o auxílio. Esse percentual ficou estável em todas as grandes regiões”, afirmou a pesquisadora.
Mariana Castro é formada em Pedagogia pela Universidade Brás Cubas em Mogi das Cruzes - SP. Atualmente trabalha como professora na rede privada de ensino e dedica-se a redação do Jornal O Norte.