PSL, PRTB e Avante apresentaram número recorde de candidatos nas eleições 2020

O fim das coligações nas eleições 2020 proporcionais fez com que número de candidatos de cada partido crescesse em relação a 2016.

O fim das coligações partidárias fez com que o número de candidatos das eleições 2020 de cada partido crescesse em relação a 2016. PSL, Avante, PRTB e Patriota registraram as maiores altas na quantidade de candidaturas a prefeito. O Novo também de destaca, passando de um para 30 candidatos.

PSL, PRTB e Avante apresentaram número recorde de candidatos nas eleições 2020

PSL, PRTB e Avante apresentaram número recorde de candidatos nas eleições 2020 (Imagem: Google)

A mudança de estratégia também refletiu nos pequenos partidos, que tiveram recorde no número de candidatos a vereador. Os maiores crescimentos em comparação à eleição anterior foram registrados por Novo, PSL e Avante, seguidos pelo DEM.

Número de candidatos por partido nas eleições 2020

Em contrapartida, partidos médios e grandes tiveram pequenas variações. O MDB, por exemplo, teve 2.382 candidatos a prefeito em 016 e agora apresenta 1.935 candidatos, menos 18% de acordo com os dados informados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mesmo assim, o partido se mantém como recordista em candidaturas.

O PT teve um crescimento de 24% no total de candidatos a prefeito. No caso de candidaturas para vereador, o aumento foi ainda maior, de 28%. O PSDB teve percentual negativo, de 26%. Há quatro anos, foram 1.757 candidatos a prefeito e agora são 1.289.

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Entre os pequenos, a alta no total de candidatos a prefeito chega a 384% no caso do PSL, 260% no Avante e 240% no PRTB. Nas candidaturas a vereador, a variação foi de 294% para o partido Novo, 100% para o PSL, 94% para o Avante e 48% para o DEM. Para o professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerson Cervi, os partidos grandes e médios continuam relevantes no cenário, apesar dos números.

O professor de Ciência Política da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Vitor Peixoto, também concorda que o fim das coligações alterou as estratégias dos partidos e que outros fatores podem ter contribuído para as diferenças nas variações. Segundo ele, o aumento dos “custos de decisão” do eleitor pode ser uma das consequências, isto é, o processo de decisão é mais difícil quando há mais candidatos. Entretanto, isso não representa necessariamente uma mudança no cenário eleitoral, pois o eleitor poderá optar por aqueles que já conhece.

Mônica Chagas
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Mônica Chagas

Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.

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