Renda dos mais pobres aumenta mais de 30% em agosto; o que isso significa?

Nessa terça-feira o Ipea divulgou o resultado da pesquisa. A renda dos pobres foi de 32% em agosto um resultado maior do que o normal.

Nessa terça-feira (29) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o resultado de uma pesquisa com o nome de: “Os efeitos da pandemia sobre os rendimentos do trabalho e o impacto do auxílio emergencial”. O resultado da renda dos pobres foi de 32% em agosto de 2020, um resultado maior do que o normal.

Renda dos mais pobres aumenta mais de 30% em agosto; veja o que significa

Renda dos mais pobres aumenta mais de 30% em agosto; veja o que significa (Imagem: Reprodução O Imparcial)

Auxílio emergencial

Em agosto cerca de 4,2 milhões de lares brasileiros, o que daria 6,2% de todos os domicílios do país sobreviveram apenas com o valor de R$ 600 do auxílio emergencial disponibilizado pago pelo governo. Lembrando que esse valor foi para enfrentar os efeitos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus.

Com base na pesquisa as casas com maiores dependentes do auxílio emergencial foi no Nordeste, inclusivamente no Piauí e na Bahia ultrapassando 13%.

Nas famílias mais pobres do Brasil o auxílio emergencial atingiu 132% das suas rendas habituais nos meses anteriores de agosto por exemplo. Na cenário da pandemia muitos trabalhadores ficaram sem rendimento e a ajuda financeira do governo foi suficiente para superar 41% de toda a população que perdeu seus empregos.

O responsável pela pesquisa Sandro Sacchet, disse o seguinte: “O papel do auxílio emergencial na compensação da renda perdida em virtude da pandemia foi proporcionalmente maior do que no mês anterior”

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Impacto da renda na pandemia

Consta também na pesquisa a diferença da renda efetiva e habitual dos trabalhados, ou seja, a sua renda antes e durante a pandemia. Incluindo todos os trabalhadores de maneira geral, em agosto eles receberam 89,4% da sua renda habitual o que em média seria R$ 2. 132 e sua renda habitual é de R$ 2.384.

Os trabalhadores da rede privada sem carteira assinada receberam 86,1% do habitual. Já os funcionários da rede privada na categoria das Consolidações das Leis Trabalhistas – CLT e também os funcionários públicos continuaram recebendo em média 95% do habitual.

Àqueles que trabalham por conta própria a sua recuperação do nível de renda foi maior. Em agosto eles receberam 76% do que habitualmente recebiam e em julho foi 72%, alcançando rendimento médio de R$ 1.482.

Mesmo que o resultado de agosto foi melhor do que em julho, os trabalhadores por conta própria ainda continuam tendo menores índices de renda efetiva, como é o caso do trabalhadores de beleza e serviços pessoais que ainda não recuperaram a sua renda efetiva.

Alguns outros grupos que sofreram os impactos da pandemia, mas que já estão apresentando uma boa recuperação são:

  • Trabalhadores de atividades artísticas, esportivas e recreação (crescimento de 15% da renda);
  • Atividades imobiliárias (aumento de 20%);
  • Hospedagem (10,5%);
  • Serviços de alimentação (7,1%);
  • Transporte de passageiros (7,3%)
Mariana Castro
Escrito por

Mariana Castro

Mariana Castro é formada em Pedagogia pela Universidade Brás Cubas em Mogi das Cruzes - SP. Atualmente trabalha como professora na rede privada de ensino e dedica-se a redação do Jornal O Norte.

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