Universidade Federal do Pará comemora a chegada da rede 5G nesta sexta (25)
A Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT) terão a primeira rede móvel 5G privativa.
A Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT) terão a primeira rede móvel 5G privativa em um ambiente universitário e de pesquisa no Brasil. O lançamento será promovido pelo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse) amanhã (25).
O evento ocorrerá durante o workshop virtual gratuito “Conectividade 5G na Amazônia”. De acordo com o coordenador do projeto, Aldebaro Klautau, a implementação da rede móvel pode representar um grande avanço nas pesquisas desenvolvidas na universidade. Segundo ele, a utilização de uma rede real com vários usuários, possibilita que os métodos e algoritmos possam ser avaliados com um maior rigor.
Estrutura da rede 5G na universidade
A rede, batizada de PA5Ge, vai operar em uma frequência de 700 MHz, com licença da Agência Nacional de Telecomunicações para fins científicos. O espectro de baixa frequência vai permitir um alcance maior, necessário para a universidade. Uma das principais características do projeto é a virtualização da rede, substituindo um hardware por um software capaz de emular funções dos aparatos físicos.
Um dos pesquisadores da iniciativa, Cleverson Nahum, explica que a virtualização permite uma distribuição das funções de rede entre computadores que estão em diferentes lugares. Esse é um dos pontos que permite chamar a rede de 5G, segundo ele.
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A partir dos resultados compilados com a PA5Ge, a UFPA pretende popularizar a tecnologia para transmitir dados aos aparelhos celulares dos moradores de locais atendidos pelo projeto Celcom. A iniciativa oferece telefonia comunitária para a comunidade quilombola de Campo Verde e Boa Vista do Acará.
Por enquanto, os moradores têm acesso a serviço de voz e SMS com a rede 2G, mas a tecnologia não possibilita a reprodução de vídeos, por exemplo.
O pesquisador do projeto Lauro Brito, explica que tecnologias 4G e 5G passam a ser ótimas opções para conectividade na Amazônia e favorecerem a inclusão digital de diversas comunidades. Por isso, a nova rede PAG5e representa uma proposta de inclusão social e digital que vai além dos muros da universidade.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.