Maia lembra rejeição de Bolsonaro contra vacina: ‘Na hora da verdade, a coragem não é tão grande’
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à vacina contra a Covid-19.
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à vacina contra a Covid-19. Nesta segunda-feira (18), o parlamentar declarou que a coragem do chefe do Executivo em recusar a CoronaVac vai até “uma parte da história”.
O presidente da Câmara dos Deputados lembrou que Bolsonaro chegou a negar que o governo federal compraria o imunizante e disse que “na hora da verdade a coragem não é tão grande”.
O uso emergencial da vacina foi aprovado no domingo (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Estados iniciam aplicação da vacina
Além da CoronaVac, a Agência também aprovou o uso emergencial da vacina da Universidade de Oxford e da empresa AstraZeneca.
A vacinação no país começou na segunda-feira (18) com a CoronaVac, já que o governo não conseguiu importar da Índia 2 milhões de doses da vacina de Oxford.
A vacina do Instituto Butantan foi defendida desde o início das pesquisas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O político é rival de Bolsonaro e trocou farpas com o presidente em relação ao enfretamento da pandemia. Doria iniciou a aplicação da vacina no estado minutos após a reunião da Anvisa.
Em outubro, o Ministério da Saúde chegou a anunciar a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, mas voltou atrás, pois o ministro Eduardo Pazuello foi desautorizado por Bolsonaro.
Na última semana, a pasta solicitou a entrega imediata de 6 milhões de doses, depois do fracasso com a importação da Índia.
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Nesta segunda, o presidente comentou a aprovação do uso emergencial dos imunizantes. Ele disse que a vacina não é de um governador, mas sim do Brasil e que “havendo disponibilidade no mercado” o governo vai atrás da compra e dos contratos.
Nesta terça-feira (19), a vacinação deve começar em 10 estados e no Distrito Federal.
Inicialmente, as primeiras aplicações serão em profissionais da saúde, que atuam na linha de frente do combate à Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 4,6 milhões de doses serão distribuídas aos estados.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.