Presidente em Sergipe causa tumulto e aglomeração nesta segunda (17)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a causar tumulto no Nordeste na última segunda-feira (17).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a causar tumulto no Nordeste na última segunda-feira (17). Ele desembarcou no Aeroporto Santa Maria Maria, em Aracaju, para acompanhar a inauguração da Usina Termelétrica Porto de Sergipe. Sem máscara, cumprimentou e abraçou apoiadores que estavam aglomerados. O uso do equipamento é obrigatório por lei no estado.
A visita foi a primeira de Bolsonaro ao estado de Sergipe desde que foi eleito, mas a segunda ao Nordeste em menos de 30 dias. No final de julho, o presidente esteve no Piauí e na Bahia, onde também causou aglomeração de pessoas e desrespeitou as leis do uso de máscaras.
Presidente inaugurou termelétrica
O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), recebeu o presidente Bolsonaro e o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, em Barra dos Coqueiros, cidade onde está localizada a termelétrica. A inauguração coincidiu com o aniversário de 200 anos do estado, comemorado em julho.
A nova usina é um empreendimento das Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), formada pela EBrasil e pela Golar Power. Considerada a maior da América Latina no segmento, tem capacidade para gerar e comercializar energia elétrica a partir de unidades geradoras a gás e a vapor. O investimento é de R$ 6 bilhões.
A termelétrica poderá suprir 15% da demanda de energia de toda a região Nordeste. A estimativa é de que a receita anual chegue a R$ 1,1 bilhão; ao longo da vida do projeto, sem ajuste inflacionário, o valor deve totalizar R$ 27,5 bilhões.
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O ministro Bento Albuquerque lembrou que o Porto de Sergipe é a maior e mais eficiente usina da América Latina. A produção de energia ocorre por menos da metade do custo médio de outras usinas de energia térmica do Brasil. Por exemplo, em Roraima um megawatt/hora de energia produzida custa R$ 1.200; em Sergipe o valor é de R$ 279.
De acordo com Albuquerque, ss setores elétricos e de gás natural têm potencial para crescerem conjuntamente e de forma sustentável. Ele também chamou atenção para o gás natural, considerado um dos principais combustíveis de transição energética, que representa economia de baixo carbono.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.