Após novo valor do auxílio, presidente estabelece planos para o início do Renda Brasil
O presidente Jair Bolsonaro pretende apresentar o projeto do Renda Brasil a líderes da base aliada do governo amanhã (1º de setembro).
O presidente Jair Bolsonaro pretende apresentar o projeto do Renda Brasil a líderes da base aliada do governo amanhã (1º de setembro). O programa de transferência de renda está em fase de criação e deve substituir o Bolsa Família.
O novo líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR) já iniciou os convites para a apresentação. Para ele, o ato pode ajudar na votação do projeto, que precisa da aprovação do pelo Congresso Nacional para ser efetivado.
Controvérsias sobre o Renda Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia afirmado que talvez o benefício ficaria para 2021. Segundo ele, quem dá o “timing” sobre o tema, assim como sobre a prorrogação do auxílio emergencial é a política. O ministro também afirmou que a equipe tem simulações prontas sobre os gastos que os programas vão acarretar.
A área econômica tem buscado uma forma de viabilizar o Renda Brasil, mesmo com a prorrogação do auxílio emergencial. Na última semana, entretanto, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que não havia aprovado a sugestão de Guedes sobre o valor do Renda Brasil. Por isso, o programa ainda não está definido.
O projeto inicial do governo gira em torno de um valor de R$ 300 para o Renda Brasil, que pretende unificar outros programas, como o auxílio emergencial, o Fundo de Amparo ao Trabalhador e o Seguro Defeso, além de substituir o Bolsa Família.
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Para isso, o governo estuda cortar programas que considera ineficientes e diminuir os gastos. Os principais candidatos seriam o abono salarial (19,8 bilhões de reais), o salário família (2 bilhões de reais) e o Seguro Defeso (para pescadores, 2,8 bilhões bilhões de reais). A uma economia seria de 24,6 bilhões de reais por ano.
O objetivo do Renda Brasil é contemplar mais famílias de baixa renda com crianças ou filhos adolescentes na escola, o que chegaria a mais de 31 milhões de pessoas. O Ministério da Economia também pretende incluir pequenos empresários e trabalhadores informais. A ideia é acelerar a aprovação da Reforma Tributária para viabilizar investimentos.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.