“O Brasil regrediu mais de 10 anos” afirma economista sobre recessão histórica do PIB
O PIB do segundo trimestres de 2020 foi o pior da história nos últimos anos. Mas, economistas esperam que o segundo semestre mostre melhora.
O Produto Interno Bruto-PIB do segundo trimestre de 2020 foi o pior da história nos últimos anos. Mas, economistas esperam que o segundo semestre mostre melhora.
Já era esperado que o PIB brasileiro apresentasse números ruins em 2020, mas não se imaginava que seriam tão baixos como aconteceu. De acordo com economistas, a agropecuária e a atividade extrativista seguraram o PIB, que poderia apresentar recessão ainda maior.
O setor da agropecuária, em contramão com os demais, cresceu 0,4% nesse segundo trimestre.
PIB e Pandemia
Os números ruins apresentados pelo PIB são reflexo, também, da pandemia. Houve um encolhimento nesse trimestre de 11,4% em comparação com o segundo trimestre de 2019.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, pontua a influencia do isolamento nos números:
“Esses resultados referem-se ao auge do isolamento social, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para enfrentamento da pandemia”. Disse ela.
Atualmente o PIB, segundo o IBGE, está em R$ 1,653 trilhão e se compara aos valores de 2009, ano em que o país ainda se recuperava da crise financeira do anterior.
Ricardo Balistiero, economista e coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, falou do prejuízo em que o Brasil está hoje:
“Na área da economia, o Brasil regrediu mais de 10 anos, bastante afetado pelos efeitos do coronavírus”, destacou.
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De acordo com economistas, a queda drástica sofrida pelo PIB auxilia no processo de criação de estratégias para retomda da economia.
Uma medida que pode influenciar diretamente no PIB é a prorrogação do auxílio emergencial. Isso porque o brasileiro terá maior poder de compra. O que movimenta a economia.
Nesse momento é necessário, também, investimento para transformar os números em positivos. No mesmo trimestre em que o PIB sofre essa recessão, os investimentos recuaram em 15,4%.
Entre todos os setores, o que merece um cuidado especial por patê do Governo é o de serviços, porque ele foi o mais afetado pela pandemia e o isolamento social.