Número de empregados atinge menor índice desde 2012, segundo Caged
O número de empregados com carteira de trabalho assinada na rede privada foi o menor número já registrado desde 2012.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada na rede privada, entre maio e julho de 2020 de uma média de 29, 4 milhões de trabalhadores foi o menor número já registrado desde 2012 ano que começou a série histórica.
Índice de queda dos empregados
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quarta-feira (30) os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) em que mostra a queda de empregos.
Essa queda representa uma redução de 2,8 milhões de trabalhadores comparados ao trimestre anterior e 3,8 milhões de trabalhadores comparando com o ano de 2019.
Os empregadores sem carteira assinada no setor privado, teve um recuo de 1,4 milhões de pessoas a menos comparado com o trimestre anterior e menos 3 milhões na comparação do trimestre de 2019. Já a queda dos trabalhadores por conta própria foi de 2 milhões a menos comparando com o trimestre anterior e menos de 2,8 milhões comparando com o mesmo período de 2019.
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Queda qualitativa
Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, pela primeira vez o número de carteiras de trabalho assinadas ficou abaixo de 30 milhões.
“O ponto máximo da forma de inserção da carteira na série foi no trimestre de maio, junho e julho de 2014, dos recordes de carteira que foram alcançados e posteriormente a perda deste tipo de vínculo nos últimos anos muito em função do avanço do trabalho informal”. “Tem a menor com carteira, o menor sem carteira também, ou seja, todo esse mercado dos empregados, seja ele com ou sem carteira, atingem aí as suas estimativas mais baixas”
A pesquisadora, Adriana, também afirma que o cenário de perdas do mercado de trabalho não perdeu apenas a quantidade, mas perdeu também a qualidade.
“Teve uma redução muito acentuada do trabalho com carteira e ele tem uma dificuldade maior de se recompor do que, por exemplo, o trabalhador informal, que sai rápido, mas também volta rápido até porque não tem nenhuma proteção ou salvaguarda para poder ficar por um período maior fora do mercado de trabalho, então, tem um processo ao longo de 2020 que é de perdas muito grande para o mercado de trabalho. Isso está evidente através dos números.”
Mariana Castro é formada em Pedagogia pela Universidade Brás Cubas em Mogi das Cruzes - SP. Atualmente trabalha como professora na rede privada de ensino e dedica-se a redação do Jornal O Norte.