Depois da popularidade crescente no Nordeste, Bolsonaro quer aumentar o valor do Renda Brasil
O presidente Jair Bolsonaro não aceitou o valor proposto pela equipe econômica do Governo Federal para o projeto Renda Brasil.
Na última segunda-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro, atualmente sem partido, não aceitou o valor proposto pela equipe econômica do Governo Federal para o projeto Renda Brasil. O chefe do executivo solicitou um valor maior ao benefício que vai substituir o Bolsa Família, programa de repasse de verba a famílias em questão de vulnerabilidade social.
A informação foi confirmada ao G1 por três fontes do governo. Ainda na segunda, Bolsonaro tomou conhecimento do projeto que vai substituir o auxílio emergencial apresentado pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.
A proposta do ministro Paulo Guedes era que o valor dos novos repasses fossem de cerca de R$ 250. Atualmente o auxílio emergencial paga R$ 600 aos seus beneficiários. O presidente, no entanto, procura um valor maior do que o proposto por Guedes, o gerou um impasse com a equipe econômica.
Com isso, a transição do auxílio emergencial para o Renda Brasil passa a ser um dos principais pontos de pauta do governo. Tudo isso ocorre porque a popularidade do presidente cresceu no Nordeste com a concessão do benefício.
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A intenção do presidente Jair Bolsonaro é de ampliar o apoio nas regiões que são tradicionalmente dominadas pela política da oposição, em especial o PT.
De acordo com técnicos da equipe econômica do Governo, as contas com o projeto não estão fechando, dificultando ainda mais gastos. Nesse sentido, nada foi decidido ainda sobre o pedido do presidente para elevar o valor investido no Renda Brasil.
O que é o Renda Brasil?
O Renda Brasil é o novo programa assistencial do governo Jair Bolsonaro. A proposta deve atender 8 milhões de pessoas além dos que já são contemplados pelo Bolsa Família. O novo benefício ainda será reformulado no valor repassado aos beneficiários. Nesse sentido, os valores devem ficar entre R$ 250 e R$ 300, acima dos R$ 190 pagos atualmente em média pelo programa atrelado a gestões petistas.
Desde os primórdios do governo de Bolsonaro, as equipes da Economia e da área social trabalham juntas na criação de um novo programa de repasse de renda. O intuito é criar uma marca própria para o atual governo.
A proposta se fortificou após o auxílio emergencial, benefício social concedido a 66 milhões de brasileiros.
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