ESTES são os países mais inovadores do mundo, segundo pesquisa
Fazem parte do "Top 10" países localizados na América, Europa e na Ásia. O Brasil ainda está longe de chegar ao pódio: se encontra na 34ª posição.
Estados Unidos, China e Japão. Esses são os três países com o maior número de invenções patenteadas, segundo o levantamento da Betway, site de blackjack online. Fazem parte de um “Top 10” outros sete países localizados na Europa e na Ásia. O Brasil ainda está longe de chegar ao pódio: se encontra na 34ª posição com 212.604 patentes de distância.
Formalizar uma patente consiste em nada mais que legalizar a proteção de sua invenção, conferida pelo estado, de forma que o criador seja o único autorizado a explorar comercialmente a sua criação.
Ainda que pareça lógico, sem a devida proteção judicial, outras companhias podem se apropriar dessas ideias, o que dificulta tanto a exclusividade, quanto a prova de plágio ou cópia para fins legais.
Os números divulgados pela Betway, que tem como base o relatório de 2018 publicado pela WIPO, fórum global para serviços, políticas, informações e cooperação de propriedade intelectual (PI), mostram os países responsáveis por mudar o curso da história do mundo, na seguinte ordem:
- Estados Unidos: 3.063.494 patentes criadas;
- China: 2.366.324;
- Japão: 2.054.276;
- Coreia do Sul: 1.001.163;
- Alemanha: 703.606;
- França: 602.084;
- Reino Unido: 572.063;
- Itália: 306.768;
- Rússia: 256.419;
- Suíça: 244.581.
Conheça os destaques de cada país
Em ordem crescente, a Suíça se destaca pela criação do canivete suíço e outros itens rotineiramente usados por todo o mundo, mesmo que a origem não seja amplamente divulgada, como o papel alumínio, o papel celofane, o velcro e o zíper.
Já na Rússia, o destaque vai para os campos de transporte e guerra, como os vagões ferroviários de energia elétrica, a reinvenção do arsenal bélico, o helicóptero e o rifle.
A Itália volta às patentes a um âmbito mais cultural, ligado à música. Foram eles que criaram a ópera, o ballet, o piano, a bateria. No campo da balística, inventaram o papel carbono, os óculos e a anatomia microscópica.
Ainda na Europa, é amplamente divulgado que a televisão foi criada no Reino Unido. Vale também destaque para o registro do primeiro motor elétrico, o telégrafo, a prensa hidráulica e o aço inoxidável.
O histórico de país perfumado da Europa não é à toa. A França sai na frente quando o assunto é perfumes. Também são de sua criação o sistema braille, o sistema métrico, a arte gótica e o cinema.
Na Alemanha, as patentes em destaque são variadas. Entre elas, a descoberta da fissão nuclear, da aspirina, do automóvel e da pasta de dente.
A Coreia do Sul, porém, tem suas patentes mais famosas voltadas à tecnologia, como o jornal, o grafeno, o observatório astronômico, a tela touchscreen e o MP3 portátil.
No mesmo continente, o Japão se destaca pela criação da tela plana, da câmera digital, do cartão de memória, do vídeo game e da fibra óptica.
A China foi precursora da pólvora, mas também do papel, da bússola, do álcool e das cédulas, o famoso “dinheiro vivo”.
No topo da lista, os Estados Unidos lideram com a internet e seus respectivos frutos, como o cartão de crédito, o computador pessoal e o smartphone.
Brasil comendo poeira?
Embora o Brasil não faça parte do Top 10, não é de se desprezar nossas invenções.
Acontece que, o prazo médio para a concessão de uma patente no país é de 10 anos. Desde o ano passado, porém, o Instituto de Propriedade Intelectual (INPI) lida com o “Projeto de Combate ao Backlog”, que estuda a redução do processo de concessão de patentes para oito anos.
Quem acha oito anos pouco tempo, deve fazer a comparação com o prazo da União Europeia: dois anos ou menos. Isso mostra o quão difícil é fazer esse tipo de registro no Brasil.
Entre as patentes curiosas do Brasil está a “latinha falante’ da Skol. Uma ação voltada para a Copa do Mundo de Futebol de 2010 que misturou cerca de 3 milhões de “latinhas falantes” às latas normais de cerveja.
As “falantes” ofereciam a oportunidade de criar mensagem e frases que seriam repetidas pelas latinhas. A grande ideia, porém, não passou de um plágio.
O criador original foi o analista de suporte Israel Dias, que teve a ideia ouvida por outro publicitário e, antecipadamente, vendeu o projeto para a Skol. Como a marca de cervejas não patenteou a criação, Israel conseguiu provar ser o autor da ideia e saiu na frente.
Inventoras: mulheres que foram além
Se engana quem pensa que as boas ideias são exclusivas aos homens. No histórico de invenções que mudaram o mundo, estão diversas mulheres que estudaram do caminho à Lua até o DNA.
Uma das inovações em destaque foi patenteada por Lise Meitner, em 1940, na Austrália. Ela foi a responsável por descobrir que a divisão dos núcleos atômicos durante uma fissão libera grandes quantidades de energia. Em 1944, Lise recebeu o Prêmio Nobel de Química.
A descoberta da dupla hélice do DNA é mérito de Rosalind Franklin, do Reino Unido. Na década de 50, ela mudou o rumo da ciência ao realizar vários raio-x e descobrir que se tratavam de duas hélices.
Por fim, o caminho para a Lua contou com a participação de Katherine Johnson, dos Estados Unidos. Contratada pela Nasa durante 35 anos, Katherine ganhou uma vaga na equipe que trabalhou na primeira nave espacial, lançada em 1961, e no pouso em solo lunar, em 1969, após sua descoberta.