Prevista para novembro a chegada da nova gasolina no Piauí
A nova gasolina automotiva exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve chegar no Piauí em novembro.
A nova gasolina automotiva exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve chegar no Piauí em novembro. Com mais qualidade e menos prejuízos ao meio ambiente, o combustível também promete diminuir o consumo dos veículos, mas pode impactar no bolso do consumidor.
Nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus, o litro de gasolina estava abaixo de quatro reais em Teresina. Desde a semana passada, a alta de preços tem desagradado os consumidores, que já esperam um novo reajuste com a chegada da nova gasolina. A previsão é de que o combustível esteja disponível em novembro no estado.
No início da pandemia, o litro da gasolina era vendido a R$ 3,98, em média; hoje esse valor chega a R$ 4,49.
Benefícios da nova gasolina
Os produtores de combustíveis já estão obrigados a oferecer o novo produto desde a semana passada, mas há um período de adaptação. O coordenador executivo do Sindicato dos Postos Revendedores de Combustíveis do Piauí, Anorcil Andrade, explica que ainda não pode afirmar quanto a nova gasolina vai custar ao consumidor final.
As distribuidoras têm 60 dias para se adequar ao fornecimento do novo produto e os postos revendedores têm 90 dias de adaptação. A nova gasolina também promete dificultar as adulterações e melhorar o desempenho dos veículos. A redução do consumo deve ficar na casa dos 5%, em comparação ao produto anteriormente fornecido.
Leia mais: Estado do Piauí aponta maiores índices de emprego, segundo dados da Caged.
Andrade destaca que a gasolina será de melhorar qualidade e vai melhorar o consumo e o rendimento do veículo, ou seja, deixar o carro mais econômico. Com isso, a geração de poluentes também será reduzida. Por outro lado, novos componentes técnicos vão gerar gastos na produção e, consequentemente, um custo maior na conta.
Alta nos preços influencia inflação
O setor de combustíveis representou a maior alta entre os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para medir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que chegou a 0,36%. A gasolina foi o item que mais impactou a inflação oficial, com alta de 0,32%. Em geral, os combustíveis subiram 3,12%.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.