Salário mínimo 2021: Previsão de reajuste AUMENTOU e valor foi corrigido
Em novembro, o Governo Federal reajustou a estimativa do INPC de 2020 para 4,10%. Desta forma, o valor do salário mínimo será corrigido.
Em novembro, o Governo Federal reajustou a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020 de 2,35% para 4,10%. Desta forma, o valor do salário mínimo será corrigido e pode passar de R$ 1.045 para R$ 1.087,85 em 2021. Ou seja, o aumento pode ser de R$ 42,85.
Em abril, o governo propôs que o piso salarial em 2021 seria de R$ 1.079 no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), mas o valor foi considerando o INPC de 3,29%.
Em agosto, o governo enviou a proposta de orçamento para o ano que vem propondo um salário de R$ 1.067 para 2021, sem aumento real pelo segundo ano consecutivo.
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Recentemente, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia revisou os índices e estimou um INPC de 4,10%. Dessa forma, a estimativa é de que o aumento seja de R$ 42,85 em 2021 em relação ao valor deste ano.
Fim do aumento real do salário mínimo
O governo acabou com a política de reajuste real do salário mínimo em 2019. Assim, o valor a ser definido se limita a seguir a determinação da Constituição de preservar o poder aquisitivo do trabalhador. O ganho real foi implementado após a adoção do Plano Real, em 1994, por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). As gestões seguintes, de governos petistas, oficializaram a medida.
A medida possibilita um alívio financeiro do governo já que o valor também reajusta automaticamente benefícios previdenciários e assistenciais. Para cada R$ 1 de aumento, o governo aumenta as despesas em R$ 355 milhões por ano.
O reajuste varia de acordo com o aumento dos preços e das taxas de inflação. Assim, os trabalhadores terão o poder de compra reajustado conforme este índice.
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O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, explica que o valor é o único possível no atual cenário econômico. Para calcular, o governo considera o índice do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação do ano anterior.
Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os cálculos demonstram que mais de 49 milhões de brasileiros vivem com o valor mínimo definido.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.