TSE divulga relatório sobre o impacto da COVID-19 nas eleições 2020
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as conclusões da Consulta Pública sobre os impactos da pandemia nas Eleições 2020.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as conclusões da Consulta Pública sobre os impactos da pandemia nas Eleições 2020. O documento traz informações sobre todo o processo eleitoral e recomendações de segurança para o pleito deste ano. A consulta foi convocada em junho pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE.
Ao todo, 68 entidades participaram da consulta, entre elas associações de Direito, cartórios eleitorais, Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), câmaras de vereadores, sindicatos, partidos políticos, entre outros. Foram coletadas propostas a respeito do adiamento do calendário eleitoral e das mudanças nos dias de votação.
Adaptações para as eleições municipais de 2020
O relatório final foi divulgado na última quinta-feira (24), dando seguimento às adequações do pleito à Emenda Constitucional nº 107/2020, que adiou as datas de votação para os dias 15 e 29 de novembro. Os protocolos para convocação de mesários também foram definidos com base nas informações registradas, evitando pessoas do grupo de risco, com doenças crônicas ou com mais de 60 anos.
A Justiça Eleitoral reforçou a participação de voluntários por meio de campanha nas mídias e adequou o treinamento para a modalidade on-line. O TSE também autorizou a realização de convenções partidárias por meio virtual, evitando a aglomeração de pessoas. A entrega de documentos nos cartórios eleitorais foi regulamentada por agendamento prévio e restringida a apenas um representante do partido político.
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O TSE também desaconselhou a realização de atos que promovam a aglomeração de pessoas durante a campanha eleitoral e tem sugerido medidas de segurança em casos de contato inevitável, como evitar distribuição de materiais impressos, utilizar espaços abertos e recomendar o uso de máscaras.
Para os locais de votação, o protocolo de segurança sanitária foi definido com o auxílio de uma consultoria sanitária formada por entidades de saúde. A identificação biométrica dos eleitores será dispensada e haverá marcações para garantir o distanciamento social. O horário de votação foi antecipado em uma hora e começará às 7 da manhã, com o intuito de evitar a formação de filas. As primeiras horas do dia, das 7 às 10 horas serão prioritárias para eleitores com mais de 60 anos.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.