Fim do auxílio emergencial provoca AUMENTO no valor do Bolsa Família em 2021
Com o fim do auxílio emergencial, o governo federal estuda ampliar a rede de proteção social em 2021 com uma reformulação do Bolsa Família.
Com o fim dos pagamentos do auxílio emergencial, o governo federal estuda ampliar a rede de proteção social em 2021 com uma reformulação do Bolsa Família. De acordo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a nova versão prevê um reajuste dos valores pagos às famílias e mudanças nos critérios de elegibilidade dos beneficiários.
Atualmente, 69 milhões de brasileiros estão cadastrados para receber o auxílio emergencial. A parcela da população corresponde a desempregados, trabalhadores informais, autônomos e beneficiários já cadastrados no Bolsa Família. No Cadastro Único, antes do auxílio emergencial, havia 75 milhões de inscritos. Agora são 122 milhões.
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Propostas para o Bolsa Família em 2021
Uma das propostas para o programa consiste na soma de um abono de R$ 52 para as famílias carentes com crianças de até cinco anos de idade e um auxílio-creche de R$ 200 para que as mães possam ser reinseridas no mercado de trabalho.
Atualmente, o valor médio do benefício pago a cada família é de R$ 191. Em 2020, o Orçamento da União pagou R$ 29,5 bilhões em benefícios do Bolsa Família para mais de 13 milhões de lares.
De acordo com o ministro, a nova versão pretende corrigir uma falha em relação aos valores base do programa. Quase cinco milhões de famílias recebem entre R$ 40 e R$ 80 reais por mês, o que deve ser corrigido a partir de janeiro. No caso das famílias em situação de extrema pobreza, o valor mensal pago é de R$ 89.
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Famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza com gestantes, mães que amamentam ou crianças e adolescentes de 0 a 15 anos, recebem R$ 41 por cada benefício e podem acumular até cinco benefícios por mês, chegando a R$ 205. Já as famílias com adolescentes entre 16 e 17 anos podem receber R$ 48 por mês, podendo acumular até dois benefícios.
A proposta atual é ampliar o alcance do Bolsa Família para atender a parcela da população que ficará desamparada sem o auxílio emergencial. A medida engloba mais três milhões de pessoas e deve ser apresentada ainda nesta semana.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.