Principais nomes em disputa por presidência na Câmara falam sobre auxílio emergencial
Os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados já se posicionaram em relação ao auxílio emergencial. Veja as principais opiniões.
Os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados já se posicionaram em relação ao auxílio emergencial. Os principais nomes, Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP), defendem uma possível continuidade do benefício ou criação de um programa alternativo de transferência de renda.
O auxílio emergencial terminou em dezembro de 2020, depois de cinco parcelas e mais quatro de extensão.
A parcela da população que recebeu os pagamentos corresponde a desempregados, trabalhadores informais, autônomos e beneficiários do Bolsa Família.
Leia mais: Rodrigo Maia adia impeachment e diz que futuro de Bolsonaro está nas mãos de sucessor
Propostas dos candidatos para o auxílio emergencial
O deputado Arthur Lira (PP-AL), que tem apoio do presidente Jair Bolsonaro, defendeu a análise de um benefício alternativo para as pessoas que ficaram sem renda na pandemia. Para ele, isso pode ser feito após a votação do Orçamento de 2021 e da PEC Emergencial.
Lira destaca a preocupação com o teto de gastos para a criação de um novo programa.
Segundo ele, é preciso ter cuidado com as despesas da União, Estados e municípios para pensar em uma alternativa financeira. O candidato também defende que a votação das reformas ocorra o mais rápido possível.
Para Baleia Rossi (MDB-SP), a proposta de nova rodada do auxílio emergencial é de responsabilidade da equipe econômica e deveria ser feita neste início de ano.
Segundo ele, cabe ao ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentar uma sugestão dentro do teto de gastos.
Leia mais: Eleição na Câmara dos Deputados tem data definida; conheça os principais nomes
Na disputa pela Câmara, Rossi havia defendido a prorrogação do auxílio emergencial de forma integral.
Depois de algumas críticas, inclusive de Lira, voltou atrás no discurso reforçando a importância da responsabilidade fiscal. Baleia admite que não dá para fazer o auxílio sem mexer nas despesas.
A área técnica do Ministério da Economia afirma que a preocupação é com a dificuldade em encontrar espaço no Orçamento para mais benefícios.
A avaliação de Guedes é que não há espaço e que a alternativa possível é a edição de uma medida provisória (MP) com crédito extraordinário.
O atraso na vacinação e a nova alta de casos de Covid-19 em alguns estados brasileiros pode aumentar ainda mais a pressão pela volta do auxílio emergencial.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.