Auxílio Emergencial pode ser prorrogado até o final deste ano; entenda o projeto
A equipe econômica do governo federal estuda a possibilidade de estender o Auxílio Emergencial até o final do ano. A ideia é pagar mais três parcelas.
A equipe econômica do governo federal estuda a possibilidade de estender o Auxílio Emergencial até o final do ano. Atualmente, 65,4 milhões de brasileiros estão com cadastro aprovado no programa. O benefício financeiro é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados durante o período de enfrentamento à pandemia.
A ideia seria pagar mais três parcelas aos beneficiários, mas com um valor menor, de R$ 200, para evitar o rombo nas contas públicas. Para isso, será necessário pedir autorização do Congresso Nacional, já que o auxílio foi aprovado depois da votação que o tornou lei com o valor de R$ 600.
Pressão pela continuidade do Auxílio
A demora nas discussões sobre o novo programa social do governo, Renda Brasil, e a alta de popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro, são alguns dos fatores que podem contribuir para a continuidade do Auxílio Emergencial. Além disso, economistas do mercado veem um sinal de que não haveria clima para encerrar o benefício em meio às viagens do presidente.
A equipe econômica acredita que a redução do valor do benefício pode ser justificada pelos sinais de retomada para muitos setores. Até o momento já foram pagos R$ 145,9 bilhões, de acordo com o levantamento da Caixa Econômica Federal. A projeção é de que mais de R$ 203 bilhões saiam dos cofres públicos até o final do ano.
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Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, a definição é do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente Bolsonaro. A função da Caixa é operacionalizar os pagamentos, como tem feito desde abril. Por mês, mais de 90 milhões de pessoas estão recebendo as parcelas.
Calendário de pagamentos
Mais de 800 mil novos beneficiários começam a receber o Auxílio Emergencial hoje (5), seguindo calendário com datas escalonadas até 26 de agosto, conforme o mês de nascimento. Os novos cadastros são de pessoas que tiveram o benefício negado e fizeram a contestação entre abril e julho.
Os pagamentos serão depositados em conta poupança digital da Caixa. A liberação para saques e transferências começa em 8 de agosto e vai até 17 de setembro
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.