Brasil perde 1,19 milhão de vagas de emprego no 1º semestre de 2020

No Brasil, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a perda de empregos formais alcançou a 1,539 milhões no semestre.

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Brasil registrou, no último mês, a menor perda de vagas no mercado de trabalho. No entanto, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, durante os meses março e junho, a perda de empregos formais alcançou a 1,539 milhões. Assim, no primeiro semestre do ano, o saldo ficou negativo em 1.198 milhões de vagas

Brasil perde 1,19 milhão de vagas de emprego no 1º semestre de 2020

Brasil perde 1,19 milhão de vagas de emprego no 1º semestre de 2020 (Imagem: Reprodução Google)

Os dados, que foram publicados pelo Ministério da Economia na última terça-feira (28) mostram que, mesmo diante do cenário pandêmico, houve um fechamento líquido de 10.948 empregos com carteira assinada no mês de junho. Foram 895.460 admissões e 906.444 desligamentos. 

Sendo assim, esse número representa que, no mês de junho, 16% menos desligamentos, enquanto que 24% mais admissões se comparado ao mês de maio. 

Conforme demonstram os dados do Caged divulgados pelo ministério, durante o mês de maio a perda havia sido de 350.303 vagas, sucedendo o fechamento de abril de 918.269. Com isso, mesmo com o resultado de junho de 10.984 no saldo, mostra que os números formam o pior resultado para mês desde o ano de 2016. 

Relacionado ao mês de abril, que até então é o pior mês em termos de admissões, houve assim um incremento de 43% e queda de 41% nas demissões, de acordo com o ministério. 

Agora em relação ao acumulado no ano, o emprego formal fechou o primeiro semestre com um saldo negativo de 1.198,363. Este resultado inclui 6.718.276 admissões até o momento, contra 7.916.639 demissões no país. 

O estoque de empregos formais iniciou, no ano de 2020, em 38.924.409 no mês de janeiro. Com a pandemia, o número que chegou a 39.150.750 em fevereiro, terminou o semestre, em junho, com estoque de 37.611.260. Ademais, o salário médio de admissão no mês passado foi de R$ 1.696,92.

Setores e regiões do Brasil

Segundo informações publicadas pelo Ministério da Economia, o setor que mais se destacou com melhor desempenho no Brasil foi o da agropecuária.

De acordo com os dados, foram abertas 36.836 vagas. Em seguida vem o setor da construção civil, que registrou saldo de 17.270 vagas de trabalho.

Leia mais: Como vai funcionar o ‘IR negativo’, proposto pelo ministro da Economia?

Já os setores do comércio e serviços registraram saldos negativos. O comércio, aliás, fechou com 16.646 enquanto que o de serviço fechou com 44.891 postos de trabalho. 

Além disso, em relação às regiões brasileiras, o Centro-Oeste, Norte e Sul obtiveram resultados positivos. Sendo assim 10.010, 6,657 e 1.699 respectivamente. Mas, em contrapartida, o sudeste teve o pior resultados das regiões do país. Fechando assim com 28.521 vagas. Ademais, o nordeste ficou também com saldo negativo de 1.341.

Perspectivas do governo 

Em entrevista coletiva, o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que a desaceleração do desemprego traz perspectivas positivas. Também atribuiu o resultado como as ações tomadas pelo governo, como o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (Bem).

São duas coisas fundamentais. A melhora da economia, de a gente começar a ver uma retomada, e a preservação de empregos causada pelos benefícios, especialmente o Bem, medidas de créditos. E mais um elemento fundamental, a prorrogação do Bem. As pessoas podem fazer mais 2 meses de suspensão e mais um mês de redução. Perspectivas muito positivas da economia nos próximos meses“, disse Bianco. 

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