Eleição na Câmara dos Deputados tem data definida; conheça os principais nomes
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados definiu, nesta segunda-feira (18), os detalhes sobre as eleições da Casa. Fique por dentro!
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados definiu, nesta segunda-feira (18), os detalhes sobre as eleições da Casa. Em reunião no Congresso, os parlamentares marcaram para 1º de fevereiro a votação para escolher o novo presidente. A sessão será presencial.
As medidas foram decididas pela Mesa, por um placar de 4 votos a 3. O atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi um dos contrários à votação presencial.
Ele defendia um sistema híbrido, com parte dos deputados votando de forma remota, como ocorreu nas sessões em 2020.
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Candidatos à presidência da Câmara dos Deputados
A maior disputa será entre Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL). O primeiro tem o apoio de Maia e de 11 partidos, já Lira tem o apoio de nove siglas e do presidente Jair Bolsonaro. Outros cinco candidatos também colocaram os nomes à disposição dos 513 deputados.
Alexandre Frota (PSDB-SP) promete ter atuação independente em relação ao Executivo e afirmou que pretende acatar a abertura do pedido de impeachment de Bolsonaro. André Janones (Avante-MG) promete pautar a volta do auxílio emergencial e tem o apoio de cinco parlamentares.
Marcel Van Hattem (Novo-RS) tem apoio do partido e pretende investir no diálogo entre as legendas. Capitão Augusto (PL-SP), coordenador da frente parlamentar de segurança pública, conhecida como a bancada da bala, também é candidato e fecha a lista juntamente com Fábio Ramalho (MDB-MG).
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A votação para eleição da Câmara é secreta, por isso os parlamentares não precisam necessariamente seguir a orientação das siglas.
Se um candidato não obtiver a maioria da Casa na primeira votação, é realizado segundo turno. As cabines de votação serão distribuídas no Salão Verde e Salão Nobre.
Em entrevista após a reunião, Maia lamentou a decisão de manter a votação presencial. Segundo ele, a circulação será de pelo menos 3 mil pessoas, incluindo parlamentares, servidores, assessores e profissionais da imprensa, o que não permite manter um ambiente seguro em relação ao vírus da Covid-19.
Aliados de Lira aprovaram o modelo escolhido e disseram que o sigilo do voto demanda votação presencial, pois não há garantia de voto secreto no formato remoto.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.