Fortaleza volta atrás e adia o início das aulas presenciais para outubro
A gestão municipal de Fortaleza está definindo quando será o retorno das aulas presenciais e já descartou a data de 1º de outubro.
A gestão municipal de Fortaleza está definindo quando será o retorno das aulas presenciais e já descartou a data de 1º de outubro, como anunciado anteriormente. Na sexta-feira (25), uma discussão sobre o tema teria levantado a possibilidade de adiamento para 2021, mas a prefeitura não confirmou a informação.
A decisão final deve ser anunciada após homologação, em andamento entre o gestor municipal e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação doCeará (Sindiute), entidade que representa os profissionais da educação da capital.
Em meados de setembro, o governador Camilo Santana atualizou o decreto que estabelece as regras de volta às atividades, com a inclusão de algumas séries a partir de 1º de outubro.
Impasse no retorno às aulas em Fortaleza
A Secretaria Municipal de Educação (SME) emitiu uma nota reafirmando que a data de volta às aulas ainda não foi definida.
O texto afirma que assim que houver indicativo de data, a SME vai convocar o Comitê Municipal, composto por representantes da categoria, comunidade escolar e pais de alunos, para discutir as estratégias de retomada. A assessoria da Prefeitura também informou que o prefeito preza por uma decisão conjunta em relação ao retorno.
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Um levantamento da seccional cearense da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-CE) aponta que aproximadamente 144 cidade apoiam o retorno apenas no ano que vem.
A alta adesão possibilitou a realização de um encontro virtual entre a Undime-CE, Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e Ministério Público Federal (MPF) para definir a questão.
A pesquisa da Udime-CE também mostrou que o número de municípios que deve aderir à reabertura apenas em 2021 é maior do que o registrado pela Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece), que apontou o interesse de 125 mandatários.
O Conselho Estadual de Educação (CEE) está organizando um parecer para orientar as cidades sobre a transição para encerramento do ano letivo 2020 e início do ano letivo de 2021. O documento está em elaboração pelos conselheiros da entidade e deve ser publicado ainda nesta semana.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.