Investir em vacinas ou prorrogar auxílio emergencial em 2021? Entenda o impasse
Roberto Campos afirma que o melhor investimento é comprar vacinas do que ampliar o pagamento do auxílio emergencial. Entenda a decisão.
Mediante o aumento dos casos do novo coronavírus, surgiu o impasse se o melhor investimento é a prorrogação dos pagamento do auxílio emergencial devido à ameaça de segunda onda ou a compra de vacinas para população brasileira. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirma que é mais barato o governo investir em imunização do que prolongar o benefício por mais um tempo.
Nesta terça-feira (15), Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central afirmou que é mais viável para o governo o investimento em vacinas. Paulo Guedes, Ministro da Economia, já anunciou em várias entrevistas que o auxílio não será prorrogado, apesar de que o saque para algumas parcelas será permitido apenas em janeiro de 2021.
Contudo, mesmo com a fala de Guedes, há ideias no Congresso Nacional para que o benefício seja pago em mais parcelas em 2021.
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Segundo Campos Neto, a logística de distribuição e a compra das vacinas se torna mais vantajoso comparado à continuidade do auxílio. Ele afirma:
“O Brasil está fechando novos acordos para conseguir a vacina. Agora é uma corrida para ver quem tem a vacina mais cedo, como pode fechar a logística de distribuição. Isso muda todos os dias, mas eu acho que investir na vacina agora é mais barato do que prolongar as transferências diretas, e planos como esses. Estamos concentrando nisso e é o que o mercado está focando.”
Segundo a estimativa do governo, o valor investido com o auxílio emergencial é de R$ 321 bilhões. Já as despesas com a imunização e a compra das vacinas estão estimadas em um valor de R$ 25 bilhões.
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O Banco Central também anunciou que a continuidade de políticas voltadas à pandemia aumentam as chances das taxas de juros pagas aos investidores. Esse é um dos motivos que podem explicar o possível aumento da taxa de juros da economia no ano de 2021.
Sobre isso, Campos continua:
“Se dermos a mensagem correta, de que temos disciplina fiscal, a quantidade de dinheiro vai ingressar vai ajudar a criar esse ambiente de geração de empregos, crescimento, e vai aumentar a arrecadação, nos levando mais rápido a convergência para um melhor fiscal [contas públicas]. Pensamos que temos de entrar nesse ciclo virtuoso, e, para isso, é preciso credibilidade, que está ligado ao fiscal. Por isso tenho enfatizado o ponto da disciplina fiscal.”
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