‘Sou contra isso aí’ diz Mourão sobre aumento de salário dos militares
Hamilton Mourão em entrevista ao "Estado de S.Paulo" nesta segunda (31) afirmou a ideia contrária sobre a proposta de aumento de salário .
Hamilton Mourão em entrevista ao “Estado de S.Paulo” nesta segunda (31) afirmou ideia contrária sobre a proposta de aumento de salário de militares, defendida pelo atual presidente Jair Bolsonaro.
Apesar do Ministério da Defesa e Advocacia Geral da União apresentarem discursos favoráveis à essa possível proposta, Mourão e a equipe econômica não concordam e tentam bloqueio da decisão.
Além da união da AGU e do Ministério da Defesa, as Forças Armadas também se uniu com o propósito de aumento do valor.
Entretanto, Hamilton Mourão destaca a dificuldade e os riscos de um aumento nesse momento em que a economia brasileira está frágil. E destaca:
“Tem a questão ética e moral, que eu acho que, então, não é o caso. Eu, claramente, sou contra isso aí em um momento que nós estamos vivendo. Se a gente estivesse vivendo uma situação normal, país com recurso sobrando, tudo bem. Mas não é o que está acontecendo”.
A ideia dos militares é que seja aprovado o aumento do pagamento acima do teto de gastos. Isto é, além de 39,2 mil, driblando de forma direta o “abate-teto”.
Abate-teto – Corte no salário
Uma expressão constitucional que age diretamente no bloqueio de “super-salários“. O limite para o pagamento é o equivalente ao salário do Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Contudo, devido bonificações e auxílios existentes também chamados de penduricalhos, muitas vezes essa recomendação não é cumprida em sua totalidade. Apesar de conhecida a situação do abate-teto, o Ministério da Defesa argumenta e levanta a possibilidade de avaliação individual de cada militar.
Como um exemplo de funcionamento do abate-teto, está a condição do até então Ministro da Ciência Tecnologia, Marcos Pontes. O valor da remuneração do cargo atual seria quase 30 mil e do outro, como Tenente da FAB, mais 21 mil. O salário transcenderia o teto. Em virtude disso, em vez de 30 mil como ministro, Marcos recebe 14,7 mil.
As duas remunerações acontecem em virtude da presença ativa de militares no atual governo. Entre os convocados para as funções estão além dos militares de ativa, os de reserva.
São alguns deles:
- Walter Netto;
- Luiz Ramos;
- Bento Albuquerque;
- Fernando Azevedo.
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