Flávio Bolsonaro, filho 04 do Presidente, nega acusações do MP e diz ser vítima de perseguição política
MPRJ diz ter concluído as apurações sobre o suposto esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro
Após quase dois anos de investigação sobre o suposto esquema de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) diz ter concluído as apurações sobre o tema.
O órgão público fluminense observou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro recebeu R$ 2 milhões de 13 assessores por meio de depósitos em dinheiro.
Identificado por meio de quebra de sigilo após constatação dos investigadores de que o ex-funcionário estruturava uma operação milionária no qual Flávio Bolsonaro recebia os repasses finais de salários devolvidos por outros trabalhadores.
As pessoas reveladas pela operação eram ligadas ao gabinete do Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Uma franquia de loja de chocolate é apontada como o negócio pelo qual o dinheiro era lavado, tendo o filho do Presidente da República como sócio. Foram quase R$ 1,6 milhão movimentados, segundo publicou a revista Época.
Leia mais: Ministério Público Federal apura se Flávio Bolsonaro cometeu crime eleitoral
Ainda de acordo com o veículo, o próximo passo está nas mãos da cúpula da Promotoria do Rio de Janeiro, determinando se a denúncia será arquivada ou apresentada à Justiça estadual.
A investigação do caso concluiu que crimes como peculato, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa foram cometidos.
Investigações refutadas
Contestando todas as acusações, Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz refutam a apuração do MPRJ.
Flávio declarou que sofre perseguição política e que a investigação é ilegal, não apontando os crimes citados.
Advogados do Flávio Bolsonaro vêm contestando a utilização de informações financeiras sem aval da justiça, além de lutarem para que o atual Senador permaneça com foro privilegiado.
Os defensores jurídicos do Flávio questionam as acusações feitas.
Pontos sólidos da averiguação de Flávio Bolsonaro
Queiroz pagava despesas pessoais
Dentro de todas as constatações, Queiroz fez dois pagamentos em dinheiro de mensalidades das filhas do Flávioem 2018. Os agentes contataram por câmeras de segurança que o ex-assessor realizou transações financeiras na agência bancárias da Alerj.
Valores recebidos semelhantes aos identificados na franquia de chocolate
De acordo com reportagem do Jornal Nacional, o MPRJ apontou que Flávio fez transações de valores próximos aos recebidos para as lojas da qual é sócio, nos mesmos dias dos depósitos ou antes.
Flávio nega as irregularidades nas transações.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.