Auxílio emergencial: Bolsonaro lamenta e diz que ‘não é aposentadoria’

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o fim do auxílio emergencial e lamentou que muitas pessoas estejam passando necessidade.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar sobre o fim do auxílio emergencial e lamentou que muitas pessoas estejam passando necessidade no país. As declarações foram dadas na entrada do Palácio da Alvorada na segunda-feira (25).

Auxílio emergencial: Bolsonaro lamenta e diz que 'não é aposentadoria'

Auxílio emergencial: Bolsonaro lamenta e diz que ‘não é aposentadoria’. (Imagem: Marcos Corrêa/PR)

Ele também justificou o encerramento do auxílio emergencial falando sobre a capacidade de endividamento do Brasil, que “está no limite”.

O presidente disse que “a palavra é emergencial. O que não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria”. O benefício terminou em dezembro de 2020.

Leia mais: Bolsonaro x Doria: Datafolha divulga resultado da rivalidade na pandemia

Auxílio emergencial sem previsão para 2021

O benefício foi criado em abril de 2020, voltado a desempregados, trabalhadores informais, autônomos e beneficiários do Bolsa Família impactados pela crise provocada pela pandemia de Covid-19. O auxílio foi estendido até dezembro, com 69 milhões de brasileiros cadastrado.

Alguns grupos ainda receberam o último pagamento neste mês, resultantes de contestação administrativa e extrajudicial e de decisões judiciais. Também continua em vigor o calendário de liberação de saques em dinheiro e transferências, para quem já havia recebido em conta social digital da Caixa.

Na ocasião, Bolsonaro disse que trataria da possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O presidente já negou a possibilidade diversas vezes, afirmando que o governo federal não aguenta continuar a pagar o benefício.

Leia mais: Principais nomes em disputa por presidência na Câmara falam sobre auxílio emergencial

A possiblidade vem sendo discutida nos bastidores, inclusive entre os candidatos à presidência da Câmara dos Deputados. Contrariando Bolsonaro, os principais nomes planejam viabilizar recursos para um programa de transferência de renda, novo ou reformulado.

Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta semana aponta que sete em cada 10 pessoas que receberam os pagamentos não encontraram outra fonte de renda com o fim do auxílio.

O percentual corresponde a 60% dos 2.030 entrevistados. Outros 40% conseguiram substituir a renda do programa.

Em entrevista recente ao José Luiz Datena, da TV Band, Bolsonaro disse que a retomada do benefício poderia levar ao aumento da taxa de juros e da inflação e que os nove meses de pagamento não foram feitos com recursos em caixa e sim com endividamento, de aproximadamente R$ 700 bilhões.

Mônica Chagas
Escrito por

Mônica Chagas

Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.

Carregando… aguarde.

0