Auxílio emergencial: Guedes condiciona congelamento de verbas para prorrogação do benefício
O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre um possível retorno do auxílio emergencial, condicionando a medida ao corte de gastos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre um possível retorno do auxílio emergencial, condicionando a medida ao corte de gastos com o funcionalismo. Segundo ele, os recursos dependem do “aumento automático” para educação, segurança e reajuste de salários.
Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (26), o ministro argumentou que gastos fixos e indexados no orçamento impedem que o governo retorne com a ação social. Na ocasião, ele criticou os defensores do impeachment e disse que o movimento é uma “sabotagem” à democracia.
Parlamentares defendem retorno do auxílio emergencial
No Congresso, políticos de diferentes frentes defendem a volta do auxílio ou a criação de um novo programa assistencial durante a pandemia. O benefício foi criado em abril de 2020 e estendido até dezembro.
O objetivo era minimizar o impacto econômico provocado pela pandemia de Covid-19.
O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato à presidência do Senado já defendeu a prorrogação do auxílio emergencial para atender um “estado de necessidade” no cenário atual.
A senadora e candidata Simone Tebet (MDB-MS), tem a mesma opinião e fala em buscar o respeito ao teto de gastos.
O candidato à presidência da Câmara apoiado pelo governo, Arthur Lira (PP-AL) também defendeu a prorrogação do auxílio. Mas, para ele, o benefício precisa acontecer de uma forma que o mercado possa suportar. O principal entrave para o benefício é o teto de gastos do governo federal.
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Secretários de Fazenda de 18 estados enviaram uma carta ao Congresso, na semana passada, pedindo a adoção de “medidas urgentes” contra a segunda onda de Covid-19 no Brasil. Entre as solicitações está a prorrogação do auxílio emergencial.
A Defensoria Pública da União (DPU) também já pediu à Justiça Federal pela prorrogação para os moradores do Amazonas.
Enquanto isso, Bolsonaro e Guedes seguem negando a possibilidade de volta do auxílio, justificada pelo endividamento do país.
Nesta semana, o ministro Guedes quis tranquilizar as partes e afirmou que “caso o pior aconteça” em relação à pandemia, o governo sabe o que fazer.
Mônica Chagas Ferreira é mestranda em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Como pesquisadora, estuda Análise do Discurso na perspectiva foucaultiana, contemplando relações de saber, poder e política presentes na mídia. Enquanto jornalista, já atuou em rádios e veículos impressos. Atualmente trabalha como assessora de comunicação e redatora do Jornal O Norte.