MEC DESISTE de retomar aulas presenciais nas universidades em janeiro de 2021

MEC publicou portaria determinando o retorno das aulas presenciais nas unidades de ensino em janeiro de 2021 e, cinco horas depois, revogou.

Na quarta-feira (2), o MEC (Ministério da Educação) publicou portaria determinando o retorno das aulas presenciais nas unidades de ensino em janeiro de 2021. Cinco horas depois, revogou a decisão devido à repercussão das Universidades Federais. As instituições haviam se recusado a retornar às salas de aula por conta da pandemia do novo coronavírus.

MEC DESISTE de retomar aulas presenciais nas universidades em janeiro de 2021 (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

MEC DESISTE de retomar aulas presenciais nas universidades em janeiro de 2021 (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

O texto revogado suspendia a permissão para que as atividades remotas fossem contadas como dias letivos, o que é permitido até dezembro de 2020. Para 2021, as aulas online seriam oferecidas como complemento de eventuais conteúdos que foram perdidos na pandemia.

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Universidades Federais se recusaram a retomar o ensino presencial devido à Covid-19 e o atual momento da pandemia. A UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) chegou a publicar nota dizendo que tomaria um posicionamento após reunião com outras instituições federais de Ensino Superior para discutir sobre o assunto por meio do Andifes (Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).

À CNN, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que irá liberar o retorno às aulas somente quando as instituições também estiverem confiantes de que as aulas podem ocorrer em segurança.

Portaria revogada

Além do retorno às aulas presenciais nas universidades e institutos federais de ensino a partir de 4 de janeiro de 2021, a portaria de nº 1.030 também atribuía às instituições a responsabilidade de fornecer recursos para os alunos acompanharem as atividades – mesmo com a previsão de cortes de R$ 1,4 bilhão no orçamento do MEC reportado pelo G1.

Os calendários e formações curriculares não seriam mais de autonomia das universidades, o que afetaria as aulas online serem equivalentes às presenciais. Mais de 2,3 milhões de pessoas teriam que voltar a circular para acatar a decisão da gestão federal.

O MEC na pandemia

Ainda segundo o G1, o MEC, ao longo de 2020 no enfrentamento à pandemia, se absteve de protagonizar uma articulação com as redes de ensino para minimizar os impactos da pandemia; chegando a ser razão de relatório da Comissão Externa da Câmara com críticas à falta de liderança da pasta.

Louise
Escrito por

Louise

Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.

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