Motoristas e cobradores de ônibus do Piauí anunciam greve por tempo indeterminado
Na última terça-feira, motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina- Piauí decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
Na última terça-feira (13), motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. O anúncio foi feito pelo Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí) no dia 9 de outubro. Com a paralisação, apenas 30% da frota de ônibus está circulando na capital.
A greve foi decidida em assembleia por conta do não recebimento dos tickets alimentação, do plano de saúde e dos “30%, de acordo com Medida Provisória 936”. Paulo Rosenberg, secretário de finanças do Sintetro, falou ao G1, também, sobre as condições de trabalho: como assaltos e falta de estrutura para o mínimo de segurança durante a pandemia – sem equipamentos adequados de segurança.
“Os pontos finais não têm as mínimas condições dos trabalhadores exercerem seus trabalhos, não tem a mínima estrutura pra os trabalhadores fazerem suas necessidades fisiológicas”, completou.
Greve no Piauí e Setut
De acordo com o portal G1, a Strans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) informou que não foi notificada pelo sindicato dentro do prazo de 72 horas úteis, determinado por lei. O Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina) foi procurado pelo portal, que afirmou não ter havido uma comunicação formal do sindicato sobre a greve, conforme previsão legal.
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Em nota, o sindicato afirma que as empresas estão efetuando o pagamento normalmente, já não são obrigados a pagar os tickets alimentação e plano de saúde desde de janeiro de 2020, “uma vez que estes itens não foram motivos de negociação coletiva para 2020”; e que tomarão as medidas cabíveis.
“O SETUT informa que acionará o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ainda hoje para que os órgãos intercedam diante de tantos atos ilegais contra a população, principal prejudicada com o movimento grevista”.
Veículos alternativos
Ao G1, o superintendente Weldon Bandeira, da Strans, falou que 57 vans e ônibus que operaram durante a última greve devem fazer o transporte dos usuários e novos veículos devem ser contratados ao longo do dia.
“Durante toda a semana estaremos abertos ao cadastramento. Como o sistema de bilhetagem eletrônica não é implantado nos alternativos, nesse primeiro momento, só será possível o pagamento da tarifa inteira de R$4,00. Qualquer abuso ou cobrança a mais, deve ser comunicado à Strans”, disse Weldon Bandeira.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.