Rodoviários anunciam greve no Rio Grande do Norte por tempo indeterminado
Motoristas e cobradores do Rio Grande do Norte decretam greve por tempo indeterminado pela falta de pagamento do plano de saúde.
Na última sexta-feira (23), motoristas e cobradores de Natal, no Rio Grande do Norte, decretaram greve por tempo indeterminado pela falta de pagamento do plano de saúde e vale refeição da categoria desde o início da pandemia do coronavírus. No primeiro dia de paralisação, apenas 40% da frota dos ônibus saíram da garagem. Hoje (26), no 4º dia de greve dos rodoviários, ônibus e alternativos circulam lotados em Natal- RN.
De acordo com o portal G1, a demissão de trabalhadores durante a pandemia também foi um dos motivos que agravaram a situação dos trabalhadores a ponto de paralisarem os atendimentos.
O portal publicou que o Seturn (Sindicato das Empresas de Transporte Urbanos de Passageiros do Município de Natal) afirmou que, na sexta, cerca de 250 ônibus saíram das garagens das empresas; metade do circulam diariamente na capital.
Na manhã desta segunda-feira (26), o sindicato da categoria afirmou que havia 171 ônibus nas ruas – são menos carros em operação comparado ao primeiro dia de greve.
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Em nota, a STTU (Secretaria de Mobilidade Urbana) autorizou os veículos do transporte opcional, os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico autorizados pelo DER a realizem lotação e circularem no itinerário das linhas de ônibus, devido a greve.
O cenário visto pela reportagem do G1 nas paradas de ônibus foram os mesmos nos dias úteis desta paralisação: lotadas e com reclamação dos passageiros; ônibus e transportes alternativos circularam cheios na manhã desta segunda-feira. Comparado a sexta-feira, os pontos estavam com menos pessoas; mas cidadãos falaram de tempo maior de espera entre um coletivo e outro.
Negociação com Justiça do Trabalho d0 RN
Segundo apurações do portal, a greve dos rodoviários era prevista para acontecer no dia 20 de outubro, mas foi suspensa pelo sindicato por 48 horas por causa de uma audiência de conciliação da Justiça do Trabalho – que foi marcada para quinta-feira (22).
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Houve acordo para pagamento de 50% do plano de saúde, mas as empresas e trabalhadores não chegaram a um acordo sobre o auxílio alimentação. Por isso, a greve foi deflagrada. As questões trabalhistas estão sendo discutidas em audiências da Justiça do Trabalho.
Jornalista graduada pela FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação). Foi repórter do site MigraMundo e Startupi, atuou na comunicação de ONG e em assessoria de imprensa. Atualmente trabalha como jornalista freelancer e redatora do Jornal O Norte.